O Amor Genuíno: Mandamentos, Limitações e a Luta Contra a Desunião no Casamento

O centro da nossa fé é o amor. Um amor que dá sentido à nossa existência, que recebemos de Deus por meio de Jesus e que aprendemos a oferecer aos outros. Jesus resume toda a sua mensagem em dois mandamentos essenciais: amar a Deus com todas as forças e amar o próximo como a si mesmo.

Amar a Deus com todas as forças não significa um amor idealizado ou inalcançável, mas um amor concreto, vivido dentro das nossas limitações. Muitas vezes, sentimos culpa por não conseguirmos amar a Deus perfeitamente, mas Ele não nos pede perfeição—pede sinceridade e compromisso. Ele deseja um amor real, que una inteligência e paixão, e que nos transforme dia após dia.

O segundo mandamento nos leva ao coração dos relacionamentos humanos. Deus nos pede para amar os outros não apenas com sentimentos naturais de empatia, mas com o amor que vem d’Ele. No dia a dia, nos aproximamos mais facilmente de quem nos agrada, mas o amor de Deus nos ensina a ir além, a amar até mesmo aqueles que nos desafiam. No contexto do casamento, o inimigo trabalha silenciosamente para minar esse amor. Ele age nos detalhes, não com grandes ataques óbvios, mas com pequenas fissuras que, se não tratadas, se tornam abismos. Ele sopra pensamentos de orgulho, ressentimento e desconfiança, incentivando a divisão.

Esses pensamentos, que parecem inocentes no início, são exatamente as brechas que o inimigo usa para aprofundar a separação. Pouco a pouco, o casal deixa de dialogar, os gestos de carinho diminuem e o ressentimento cresce. O que antes era uma relação de amor se torna um campo de batalha silencioso, onde cada um se sente vítima e enxerga o outro como adversário.

Dr. Fernando Tadeu