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Fé e Equilíbrio: Superando o Legalismo e o Descontrole nos Relacionamentos

Fé e Equilíbrio: Superando o Legalismo e o Descontrole nos Relacionamentos

Na vida de fé, há dois extremos que nos desviam do verdadeiro caminho. O primeiro é o legalismo, a rigidez de quem enxerga as regras e mandamentos como um fim em si mesmos, acreditando que basta segui-los para agradar a Deus. Esse olhar ignora a misericórdia e a compaixão que Jesus nos revelou. O outro extremo é o oposto: pensar que, porque Jesus veio, as regras perderam o valor e que basta seguir o coração, pois, no fim, Deus perdoa tudo e a todos. Embora o perdão de Deus seja infinito, essa visão ignora um ponto essencial.

A verdadeira santidade não está no mero cumprimento das regras, mas na vivência do amor e da verdade de Deus. O legalismo foca na letra da lei, enquanto a santidade busca o coração da lei: amar a Deus e ao próximo. Um exemplo bíblico claro disso é o embate entre Jesus e os fariseus. Eles criticavam os discípulos por colherem espigas no sábado (Mt 12,1-8), mas Jesus lhes mostrou que a lei não existe para aprisionar o homem, e sim para conduzi-lo à vida. O próprio Deus deseja misericórdia antes de sacrifícios vazios.

Na Bíblia, os mandamentos não são prisões, mas indicações para o caminho da verdadeira felicidade. Quando pecamos, não apenas nos afastamos d’Ele, mas também nos ferimos, porque Deus nos criou e sabe o que realmente nos faz bem.

Por isso, seguir os mandamentos é um ato de sabedoria, não por medo ou obsessão, mas por confiança. Quando nos apoiamos na vontade de Deus, encontramos a alegria verdadeira. Jesus não veio para abolir nada do que Deus revelou ao povo de Israel, mas para levar tudo à sua plenitude: ao coração da lei, que é o amor.

Tenha equilíbrio, pois sem ele você viverá de excessos, não agradará a Deus, se ferirá e, pior ainda, fará muita gente infeliz ao teu lado.

O legalismo mata. Imagine um casal onde um dos cônjuges acredita que regras e deveres são mais importantes do que o amor e a compreensão. A esposa chega cansada do trabalho, mas o marido, em vez de acolhê-la, reclama porque o jantar não foi feito. Ele justifica sua atitude dizendo que “um casamento tem responsabilidades”. O verdadeiro amor deixa livre, embora seja um gesto de responsabilidade!

Dr. Fernando Tadeu

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