A Sabedoria Antiga sobre o Papel da Mulher e a Harmonia no Casamento

Os filósofos antigos atribuíam um papel central à mulher na estabilidade do casamento. Segundo Plutarco, a esposa era vista como fundamental para evitar provocações e promover a gentileza mútua no relacionamento conjugal, comparando os homens a “animais que se irritam facilmente”.

Já o filósofo Rufo defendia que o casamento ideal é aquele onde ambos os parceiros se esforçam para agradar um ao outro, como em uma “competição de amor”. Ele alertava que, se cada um focar apenas em seus interesses, a união está fadada ao término, enfatizando a importância da doação mútua e do combate ao egoísmo para a felicidade conjugal.

Sobre as relações familiares, Rufo também abordava o “ciúme da sogra” no relacionamento entre mãe e filho. Ele aconselhava cautela e sugeria que a hostilidade poderia ser curada criando afeição pela sogra, sem jamais colocar o filho contra a mãe.

Plutarco, por sua vez, oferecia um conselho valioso aos recém-casados: “Cuidado com a discórdia que distancia“. Ele acreditava que a união indestrutível se constrói com o tempo e, uma vez solidificada, não seria separada “nem pelo fogo nem pelo aço”, ressaltando a resiliência do amor e do compromisso no casamento.

Dr. Fernando Tadeu Barduzzi Tavares