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A Lógica da Divisão: Como o Mal Age nos Relacionamentos e a Necessidade de Perdão

A Lógica da Divisão: Como o Mal Age nos Relacionamentos e a Necessidade de Perdão

Jesus cura um homem possuído por um espírito maligno e, paradoxalmente, é acusado de ser Ele mesmo um endemoninhado. A lógica dessa acusação é distorcida, e Jesus, com paciência infinita, rebate: como poderia o demônio expulsar a si mesmo? Isso seria uma loucura! No entanto, aqueles que se opõem a Ele é que estão dominados por um pensamento diabólico, um pensamento que divide, separa e coloca uns contra os outros. Incapazes de admitir que Jesus age por Deus, eles se agarram desesperadamente a argumentos frágeis para justificar sua recusa em reconhecer a verdade.

Essa mesma lógica destrutiva do maligno também se manifesta nos relacionamentos, especialmente no casamento. O demônio entra de forma sutil, nunca com estrondos óbvios, mas através de pequenas rachaduras: um orgulho ferido, uma palavra não dita, uma mágoa alimentada em silêncio. Ele age instigando a divisão, soprando dúvidas e ressentimentos no coração dos cônjuges.

Por exemplo, imagine um casal onde um dos cônjuges se sente constantemente desvalorizado, mas, em vez de expressar seus sentimentos, começa a acumular rancor. O outro, por sua vez, percebe um distanciamento, mas não busca diálogo, apenas reage com frieza. O inimigo se aproveita desse espaço para sussurrar mentiras: “Ele (ou ela) não se importa mais com você”, “Vocês são incompatíveis”, “É melhor cada um seguir seu caminho.”

Pouco a pouco, um casal que antes era unido se torna dois estranhos vivendo sob o mesmo teto. A divisão já está instalada. E, assim como os fariseus recusavam-se a enxergar a verdade diante de seus olhos, muitos casais se recusam a reconhecer que seu maior inimigo não é o outro, mas a falta de perdão, a dureza de coração e a incapacidade de abrir-se à ação de Deus para restaurar o amor.

Que o Espírito Santo nos dê a graça de ver além das aparências, de não cair nas ciladas do maligno e de permitir que Deus renove todas as coisas, inclusive nossos relacionamentos. Afinal, Ele sempre quer restaurar o que foi quebrado—mas será que estamos dispostos a enxergar e a permitir essa transformação?

Dr. Fernando Tadeu

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